sábado, 30 de abril de 2016

Ludicidade e o Desenvolvimento Infantil


É através do lúdico, que a criança interage e comunica-se com o mundo, desenvolve habilidades motoras, afetivas, cognitivas e psicológicas, além de ampliar seu conhecimento de mundo e apoderar-se de cultura.

O ato de brincar é a mais pura forma da criança se expressar, é brincando que ela expressa o que está sentindo e também interioriza o mundo ao seu redor. Porém, o ato de brincar vai muito além, é neste momento que os jogos começam a apresentar-se, e será através deles que a criança desenvolverá boa parte de suas habilidades motoras e cognitivas. 

O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. 

Jogos e brincadeiras estão presentes em todas as fazes da vida dos seres humanos tornando especial sua existência, o lúdico acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore.



Este modo de reconhecimento de infância e da brincadeira lúdica, foi ganhando espaço nos últimos séculos, mais precisamente a partir do século XVII, autores como : Comênico (1592-1670), Rosseu (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827), Froebel (1782-1852), Maria Montessori (1870-1909) e Ovide Decroly (1871-1932), entre outros, estabelecem as bases para um sistema de ensino mais centrado na criança, “Embora com ênfase diferentes entre si, as propostas de ensino destes autores reconheciam que as crianças tinham necessidades próprias e características diversas das dos adultos, como o interesse da exploração de objetos e pelo jogo”.(OLIVEIRA, 2011,p.63).

Somente no início do século XX, que o brincar natural da criança, foi reconhecido como essencial para a aprendizagem.

A partir desta concepção o lúdico passa a ter mais espaço nas escolas, principalmente na educação infantil.

Segundo Antunes (2004, p.31-32) Brincando as crianças constroem seus próprios mundos e dos mesmos, fazem o vínculo para compreender o mundo do adulto, ressignificam e reelaboram acontecimentos que estruturam seus esquemas de vivências, sua diversidade de pensamentos e a gama diversificada de sentimento [...].

Sendo assim, a brincadeira, o brincar e o brinquedo constituem-se em elementos lúdicos essenciais ao desenvolvimento infantil e importante no contexto educacional, devendo ser pensados no sentido de garantir a criança os seus direitos à infância.


Fontes:
AVA UNINOVE, Disciplina Estudos sobre a Infância, Relações entre o desenvolvimento da infância e o lúdico.
ANTUNES, Celso. Educação Infantil: prioridade imprescindível. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

A Importância da Família





A família nos dias de hoje se apresenta com diferentes estruturas e configurações, tratando-se de um contexto denominado pós-moderno, onde falta uma perspectiva exata para defini-la, dadas as transformações ocasionadas pela própria evolução dos tempos, havendo inclusive, vários modelos em uma mesma família, formada por pessoas de origens diferentes, motivadas por valores também diferentes.


O papel desempenhado pela família é de extrema importância no desenvolvimento da criança para serem pessoas adultas com determinada autoestima e onde aprendem a enfrentar os desafios e a assumirem responsabilidades, bem como promover o atendimento das necessidades básicas, as quais se podem definir como sendo de natureza física, social e afetiva.


As necessidades físicas referem-se à sobrevivência: abrigo, segurança e alimento. Já as de natureza social e afetiva, dizem respeito ao desenvolvimento emocional e cognitivo, constituindo-se a identidade e a individualidade dentro da nossa sociedade.

Nos lares brasileiros quase não se tem tempo para conviver e para se comunicar com as crianças.


Encontrar tempo para ouvir e para falar, significa deixar de lado muitas outras coisas que nos interessam muito, mas que não são de importantes nenhuma para elas.


Por vezes, a falta de assunto associada ao stress do dia a dia aumentam o distanciamento entre os membros da família. A verdade é que os pais devem fazer um esforço no sentido de facilitar e incentivar o diálogo e consequentemente os laços familiares, até porque, existe sempre algo para dizer: uma aventura no seu trabalho, uma tarefa doméstica, um programa na rádio ou tv, o futebol, desenho, etc.
Além dos pais, os outros membros da família (avô, avó, tios) também têm um papel de extrema importância no desenvolvimento das crianças (por exemplo : contando histórias).


As brincadeiras e aventuras devem ter a participação sempre de membros da família e nesses momentos se faz necessário sempre o diálogo.

É comum as crianças observarem e copiarem e procederem como seus pais perante a vida.


A verdadeira educação nos valores transmite-se, passa dos pais para os seus filhos desde o dia do nascimento. A família é a instituição mais privilegiada da educação, pois é no seu meio natural que o homem nasce e existe e onde se desperta como pessoa. Exerce enorme influência quer na integração escolar quer no desenvolvimento dos filhos.

É de extrema importância o conhecimento da influência que os sistemas familiares têm sobre o desenvolvimento e comportamento das crianças e dos jovens da nossa sociedade. 

Fonte: http://escoladavinci.com.br/index.php/blog-educacao/210-a-importancia-da-familia-no-desenvolvimento-da-crianca-educacao-infantil

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Criança x Infância



Olá leitores!

Esse blog foi criado com o intuito de debater diversos temas inerentes a Pedagogia, prezando pelo construtivismo. Então sinta-se a vontade para deixar comentários.

O primeira tema foi escolhido diante da seguinte questão:


Toda criança tem infância?

E a resposta é negativa. Ser criança não pressupõe que haja infância.

Infância está relacionado ao brincar, a ludicidade, o faz de conta. O brincar é importante e fundamental para o desenvolvimento infantil. 

Infelizmente nem todas as crianças brincam e isso pode ser percebido através de uma análise histórica e social. 

Antigamente (como vocês poderão ler em outra postagem), as crianças era adultos em miniatura. Logo, tínhamos crianças sem infância.

Hoje em dia, também é comum ver crianças que trabalham e não podem brincar. Também estamos diante deste mesmo cenário: crianças sem infância.

Diante disso, nota-se um grande problema. O fato de existirem crianças que são privadas de ter sua infância, vai muito além de infringir legislações. Tem-se um problema no desenvolvimento infantil. 

A infância permite desenvolver a criatividade, a imitação da realidade pelo faz de conta, desenvolver a afetividade, socialização, conhecimento do corpo, desenvolver o raciocínio lógico, coordenação motora, dentre tantas outras coisas.

Resta-nos refletir: Seria possível reverter os impactos causados pela ausência de infância? Como o pedagogo poderia auxiliar a criança que não teve infância? 

Nosso primeiro post traz um tema simples se visto sob uma ótica superficial, porém analisando esse tema mais a fundo é possível se deparar com várias indagações. 

Não pretendemos dar respostas prontas, mas refletir em torno do que se tem como teoria, e, então fazer alguns questionamentos.

Até o próximo post. Espero que tenham gostado!!!

Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34026/a-crianca-x-infancia