segunda-feira, 16 de maio de 2016

Desenvolvimento Infantil: Sugestões de atividades para diferentes faixas etárias

Aprender é mais do que decorar regras ou informações. Para aprender é preciso construir o conhecimento, ter relação com ele, e se possível, vivenciá-lo na prática. Por essa razão o lúdico é tão importante na Educação Infantil. Sabendo disso, torna-se cada vez mais valorizado o ato de brincar.
Elaborado de modo a respeitar a faixa etária e valorizar o desenvolvimento infantil, o material oferece um suporte indispensável às atividades realizadas pela escola. Vejamos Alguns dicas:

Cartões de cores
Objetivo: Identificar as cores, descartando os cartões com as cores faladas pelo professor.
Faixa etária: três a cinco anos.
Material necessário: papéis coloridos.
Área de conhecimento: Artes Visuais.
Conteúdo: cores
Desenvolvimento: O professor confeccionará cartões com cores diferentes, entregando para cada criança três cartões. Será falada pelo professor uma cor e quem tiver o cartão com esta cor abaixará este cartão. Vence o jogo quem ficar primeiro sem nenhum cartão colorido.
Dica: Dependendo do desenvolvimento das crianças, a quantidade de cartões pode ser maior ou menor.
Variações:
-
 Depois de distribuir os cartões, o professor jogará um dado sem números nem quantidades, somente com cores, uma de cada lado do dado. A cor que sair no dado deverá ser a cor do cartão que as crianças deverão abaixar. Uma criança poderá ficar responsável em jogar o dado; 
- Variar a quantidade de número de cartas distribuídas.
Fazendo barulho
Objetivo: Produzir sons ao andar nos materiais oferecidos.
Faixa etária: três a cinco anos.
Material necessário: materiais diversos que produzam sons, tais como: plásticos diversos, celofane, plástico bolha, papéis amassados, papel laminado etc.
Área de conhecimento: Música.
Conteúdo: percepção auditiva.
Golfe diferente
Objetivos: - Chutar a bola para que ela fique dentro do círculo.
Faixa etária: três a cinco anos.
Material necessário: bola e giz de lousa.
Área de conhecimento: movimento.
Conteúdo: força.
Desenvolvimento: O professor desenhará no chão com giz de lousa um círculo (ou outra forma). As crianças ficarão em uma fila distante do círculo. Uma criança de cada vez chutará a bola com o objetivo que ela fique dentro do círculo.
Variação:
- Desenhar mais círculos para as crianças escolherem em qual tentarão chutar a bola;
- Ao invés de chutar a bola, um objeto poderá ser lançado com o objetivo que fique dentro do círculo.

Desenvolvimento Infantil segundo Vygotsky

Para Vygotsky a criança aprende através das interações sociais e experiências com o mundo externo. Para ele o aprendizado gera o desenvolvimento, sendo assim, se o individuo não interage com o meio não ocorrerá o seu desenvolvimento interno. Para o teórico o desenvolvimento e aprendizagem acontecem a partir da zona de desenvolvimento proximal, mas para falar de ZDP também destacaremos o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial.

O NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO POTENCIAL: É quando a criança consegue desenvolver certos problemas sob a orientação de um adulto ou de outro individuo mais experiente.

Ex: quando está aprendo a andar de bicicleta, a criança precisa do auxilio de um adulto.

O NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO REAL: É quando a criança tem a capacidade para desenvolver alguma tarefa sem o auxilio de outra pessoa, pois já aprendeu fazer sozinha.
Ex: A criança já e capaz de andar sozinha de bicicleta

A ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL: Seria o caminho que o individuo percorre para desenvolver as funções que ainda estão em processo de amadurecimento, em outras palavras seria a ponte entre o nível de desenvolvimento potencial e o nível de desenvolvimento real, ou ainda, o que a criança faz com a ajuda de alguém hoje, poderá fazer sozinha amanhã.

É nessa zona de desenvolvimento que acontece a aprendizagem, então o professor tem o papel de mediador para que ocorra essa aprendizagem, oferendo ao seu aluno meio para que ele se desenvolva através das atividades coletivas, jogos interativos, brincadeiras e etc...
Isso permitirá que o docente enxergue as habilidades e potencialidades que as crianças podem desenvolver.


Fonte:
http://valecursos.com.br/vygotsky-e-o-desenvolvimento-humano/

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Desenvolvimento Infantil segundo Wallon

O desenvolvimento infantil de 0 a 6 anos segundo Wallon

Tendo em vista a proposta do atendimento à criança na Educação Infantil que engloba os aspectos funcionais e relacionais, é necessário que a escola e o educador conheçam os diferentes momentos do desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos.
Segundo Wallon (1934), a criança deve ser estudada na sucessão das etapas de desenvolvimento caracterizadas pelos domínios funcionais da afetividade, do ato motor e do conhecimento, entendidos como sendo desenvolvidos primordialmente pelo meio social. Os estágios do desenvolvimento propostos por Wallon (1934) têm início na vida intra-uterina, caracterizada por uma simbiose orgânica. Após o nascimento, apresenta-se o estágio impulsivo- emocional no qual prevalece a emoção, caracterizado como o período da simbiose afetiva. No período seguinte, que vai até os 2 anos de idade, a criança encontra-se no estágio sensório-motor e projetivo, voltando-se para a exploração do mundo físico. Gradualmente, com a aquisição da marcha e da linguagem, a criança apresenta modificações no seu padrão de interação com o mundo.
A partir dos 3 anos, ocorre o estágio do personalismo, momento da constituição do eu, no qual a criança em seu confronto com o outro passa por uma verdadeira crise de personalidade, caracterizada pelas mudanças nas suas relações com o seu entorno e pelo aparecimento de novas aptidões. Wallon (1953) considera esse estágio, que vai até os 6 anos de idade, como sendo muito importante para a formação da personalidade.

Nesse sentido, considerando a idade compreendida na Educação Infantil, ressaltam-se as características desse momento do desenvolvimento da criança como forma de oferecer subsídios para a atuação do educador e do psicólogo escolar nesse contexto. Parte-se do princípio da necessidade de que a escola e todos aqueles envolvidos com a Educação Infantil tenham consciência de que suas ações têm conseqüências não só no momento atual do desenvolvimento da criança, como também nos posteriores. É também nesse momento que a criança está mais propensa à formação de complexos, ou seja, atitudes que podem marcar de forma prolongada seu comportamento em relação ao meio (Deldine & Vermeulen, 1999; Mahoney, 2002).
Ao ingressar na escola, a família ainda se constitui no grupo por excelência para a criança. No entanto, a escola proporciona uma diversificação dos grupos nos quais a criança poderá se inserir. O papel do grupo formado por crianças da mesma idade passa a ser o de favorecer a aprendizagem social, ou seja, o convívio com os padrões e regras sociais. Durante esse estágio, o grupo permitirá à criança diferenciar-se dos outros e descobrir sua autonomia e sua originalidade (Wallon, 1953).
O estágio do personalismo divide-se em três períodos distintos, todos com o objetivo de tornar o eu mais independente e diversificado. São eles: período da negação, idade da graça e período da imitação. No primeiro, o da negação, surge na criança a necessidade de se autoafirmar, de impor sua visão pessoal e lutar para fazer prevalecer sua opinião.
No período seguinte, o da idade da graça, por volta dos quatro anos de idade, a criança desenvolve maneiras de ser admirada e chamar a atenção para si através da sedução, com uma necessidade de agradar cujo objetivo é obter a aprovação dos demais.

A criança passa a se considerar em função da admiração que acredita poder despertar nas pessoas. Ressalta-se a importância da oferta de oportunidades de expressão espontânea da criança, através de atividades como a música, a dança, artes, etc. Exercitar na criança as habilidades de representação do seu meio, ou seja, através do faz-deconta ou do uso da linguagem, contribui para que ela adquira uma precisão maior na expressão de seu eu (Galvão, 1992).
O terceiro período, o da imitação, por volta dos 5 anos, é marcado por uma reaproximação ao outro, manifestada pelo gosto por imitar, que possui um papel essencial na assimilação do mundo exterior. O professor deve observar que sua figura geralmente desperta o desejo de identificação no aluno, devendo estar consciente de tal fato para estabelecer sua conduta. Wallon (1939) entende a imitação como uma “necessidade de identificar-se com a realidade percebida para identificá-la melhor” (p.231).
A partir dessas considerações, verifica-se que a Educação Infantil possui um papel importantíssimo na formação da personalidade da criança, visto que permite a sua adaptação à vivência em comunidade, em grupos que vão além dos limites familiares, e contribui para a formação do eu psíquico. A escola pode estimular o desenvolvimento de valores saudáveis nas interações, tais como a cooperação, a solidariedade, o companheirismo e o coletivismo. As atividades em grupo devem alternar-se com atividades individuais fazendo assim uso das alternâncias comuns nesse estágio para promover o desenvolvimento de mais recursos de personalidade (Wallon, 1937).



Fontes:
Psicologia Escolar em educação infantil: reflexões de uma atuação
Artigos, Universidade de Brasília.
Tatiana Vokoy; Regina Lúcia Sucupira Pedroza.

Desenvolvimento Infantil segundo Piaget

De acordo com Piaget, o indivíduo (a criança) aprende construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios: Estágio sensório – motor, Estágio Simbólico e Estágio Conceptual.

Segundo Piaget no Estágio sensório-motor, que vai do zero até os 2 anos de idade, é onde se inicia o desenvolvimento das coordenações motoras, a criança aprende a diferenciar os objetos do próprio corpo e os pensamentos das crianças está vinculado ao concreto.

Já no Estágio simbólico, que é dos 2 até por volta dos 7 anos, o pensamento da criança está centrado nela mesma, é um pensamento egocêntrico. E é nesta fase que se apresenta a linguagem, como socialização da criança, que se dá através da fala, dos desenhos e das dramatizações.

No Estágio Conceptual, que é dos 7 até por volta dos 11, a criança continua bastante egocêntrica, ainda tem dificuldade de se colocar no lugar do outro. E a predominância do pensamento está vinculado mais acomodações do que as assimilações.

No último Estágio que é o das Operações Formais que vai por volta dos 11 anos até a vida adulta, é uma fase de transição, de criar ideias e hipóteses do pensamento. A linguagem tem um papel fundamental para se comunicar.

Os Estágios Cognitivos Segundo Piaget

Piaget, quando descreve a aprendizagem, tem um enfoque diferente do que normalmente se atribui à esta palavra. Piaget separa o processo cognitivo inteligente em duas palavras : aprendizagem e desenvolvimento. Para Piaget, segundo MACEDO (1994), a aprendizagem refere-se à aquisição de uma resposta particular, aprendida em função da experiência, obtida de forma sistemática ou não. Enquanto que o desenvolvimento seria uma aprendizagem de fato, sendo este o responsável pela formação dos conhecimentos.
Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a, basicamente, em 4 estados, que ele próprio chama de fases de transição (PIAGET, 1975). Essas 4 fases são :
  • Sensório-motor (0 – 2 anos);
  • Pré-operatório ( 2 – 7,8 anos);
  • Operatório-concreto ( 8 – 11 anos);
  • Operatório-formal (8 – 14 anos);
Sensório-motor
Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio (LOPES, 1996). Também é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo (MACEDO, 1991). Segundo LOPES, as noções de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando assim, uma inteligência essencialmente prática.
Conforme MACEDO (1991, p. 124) é assim que os esquemas vão "pouco a pouco, diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de forma mais complexa." Nitzke et alli (1997b) diz-se que o contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Exemplos:
O bebê pega o que está em sua mão; "mama" o que é posto em sua boca; "vê" o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca.

Pré-operatório
É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER, 1982), e esta substituição é possível, conforme PIAGET, graças à função simbólica. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica.
Contudo, MACEDO (1991) lembra que a atividade sensório-motor não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a mesma explore melhor o ambiente, fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções intuitivas.
A criança deste estágio:
  • É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
  • Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
  • Já pode agir por simulação, "como se".
  • Possui percepção global sem discriminar detalhes.
  • Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
Exemplos:
Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações.

Operatório-concreto
Conforme Nitzke et alli (1997b), neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, ..., sendo então capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do mundo concreto para abstrair.
Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada.
Exemplos:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação.

Operatório-formal
Segundo WADSWORTH (1996) é neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. Agora a criança é capaz de pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade.
Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Exemplos:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.

As fases do desenvolvimento humano

A Psicologia Educacional tem como um dos suportes teóricos os estudos da ciência humana na Psicologia Genética de Jean Piaget que pontua a relação do desenvolvimento cognitivo do ser humano.
Para Piaget o desenvolvimento cognitivo se dá a partir de um processo de equilibração que depende de uma adaptação, pois o sujeito vai em busca de satisfazer suas necessidades cotidianas. Para esta adaptação, existem dois fatores: a assimilação que é a compreensão do indivíduo perante uma nova situação que conduz uma determinada ação. Outro fator é a acomodação, onde o sujeito reestrutura seu conhecimento a partir de um aprendizado já assimilado e que possibilita uma nova estrutura que se adequa, se acomoda às novas situações. E é através do equilíbrio entre assimilação e acomodação que se chega a adaptação, e assim, reagimos conforme nossos estímulos e necessidades reais de convivência social. Deve-se destacar aqui que a acomodação depende das interações com o meio que o sujeito se insere, por isso, Piaget divide em 4 fases o desenvolvimento cognitivo. Cada fase tem como característica as diferentes formas de organização cognitiva, pois o ser humano interage de diversas maneiras a cada situação cotidiana. Pode-se considerar que cada fase altera-se em relação ao tempo cronológico indicado pelo estudioso, justamente por causa da variedade das estruturas biológicas e sociais existentes durante o desenvolvimento do sujeito.
 1º período: Sensório-motor - (0 a 2 anos) - o início do desenvolvimento do conhecimento do próprio corpo e das percepções de sentido e movimento.
 2º período: Pré-operatório - (2 a 7 anos) - desenvolvimento da linguagem, da socialização e da percepção intelectual.
  3º período: Operações concretas - (7 a 11 ou 12 anos) – desenvolvimento do pensamento lógico e das relações entre ação e reação; 
4º período: Operações formais - (11 ou 12 anos em diante) – desenvolvimento do pensamento abstrato, pois a criança cria, formula e interage a partir das hipóteses que ampliará sua própria construção do desenvolvimento social.

Considera-se então, que a teoria psicogenética pode trazer contribuições importantes para o campo da aprendizagem escolar, pois Piaget possibilitou a compreensão do desenvolvimento humano, a partir das adaptações do indivíduo ao meio em que se insere socialmente.



Fonte: 
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/55035/jean-piaget-e-as-fases-do-desenvolvimento-infantil#ixzz478VwYrLZ

Brinquedos e Brincadeiras. Qual a diferença?




Brincando a criança descobre, inventa aprende e confere habilidades. Além de estimular curiosidades, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e atenção.
No cenário da produção cientifica é possível constatar uma não correspondência dos termos entre os autores. Um exemplo é Vygotsky (1989) que ora fala de brincadeira e ora usa a palavra brinquedo como correspondente. O autor chama de brincadeira o mundo ilusório criado pela criança onde os desejos irrealizáveis podem ser realizados.
Kishimoto (1996), baseando-se em Brougére (1981,1993) e Henriot (1983,1989) buscou compreender a diferença entre os termos. Assim propõe a autora:
Jogo - ação voluntária processual que inclui uma intenção lúdica do jogador, com regras internas e ocultas, possuindo caráter improdutivo e incerto e tendo um fim em si mesmo. Uma atividade livre que, se imposta, deixa de ser jogo.
Brinquedo - objeto que representa certas realidades é um substituto dos objetos reais, para que possa ser manipulado pelas crianças. Também pode representar realidades imaginárias.
Brincadeira - ação voluntária e consciente que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica.Kishimoto (1996: 27)



Fonte: 
http://www.efdeportes.com/efd182/os-jogos-recursos-na-pratica-educacional.htm

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A Influência da Música no Desenvolvimento Infantil


A linguagem musical vem sendo apontada, por um número cada vez maior de especialistas em todo o mundo, como uma das áreas do conhecimento mais importantes a serem estudadas no desenvolvimento da criança, isso desde o útero materno. Um trabalho realizado por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, comprovou que os recém-nascidos expostos a uma melodia serena permanecem tranquilos. Essa comprovação científica vem ao encontro do que pais e mães fazem rotineiramente quando cantam melodiosas cantigas de ninar para o bebê dormir.

O psicopedagogo, arte-educador e mestre em educação João Beauclair afirma que "a música não é só uma questão de interferência na educação da criança, é uma necessidade, que deve ter espaço consagrado e rotineiro, por possibilitar a melhoria da sensibilidade, beneficiar os processos de aquisição da leitura e da escrita e auxiliar na melhoria da capacidade de memorização e de raciocínio".

A opinião dele é semelhante à do psiquiatra canadense Thomas Verny, autor do livro "A vida secreta da criança antes de nascer", que indica a música clássica como a melhor para ser oferecida aos bebês, porque esse tipo de som tem batida semelhante ao ritmo cardíaco em repouso, despertando na criança sensação semelhante à que ela tem quando colocada próximo ao coração materno. O contrário também é verdade. O som de um rock, por exemplo, tende a deixar a criança mais agitada.

Mas a influência da música vai muito além de acalmar ou agitar bebês e crianças. O potencial da inteligência humana é determinado pelos genes de cada pessoa, no entanto são necessários estímulos para colocar essa inteligência em prática, e é justamente aí que entra a música. O estímulo sonoro aumenta as conexões entre os neurônios e, de acordo com cientistas de todo o mundo, quanto maior a conexão entre os neurônios, mais brilhante será o ser humano.

Os sons que estimulam os neurônios dos bebês, mesmo quando ainda estão no útero materno, são muitos, incluindo as conversas que a gestante mantém com o filho, os cantos que ela entoa quando acaricia a barriga, além de outros, incluindo a música propriamente dita. Tudo o que o bebê experimenta desde sua concepção contribui na construção de seu cérebro.

O psicopedagogo João Beauclair conclui dizendo que "a linguagem musical é herança cultural de toda a história da humanidade e deve ser aproveitada, cada vez mais, na escola de educação infantil e na educação como um todo. Além de auxiliar na melhoria de nossas capacidades de memorização e de raciocínio, vários profissionais da área de Psicopedagogia Clínica utilizam recursos musicais para trabalharem com crianças que estejam apresentando dificuldades de aprendizagem".

Mas, como tudo na vida, o uso da música na educação da criança também deve ser feito com discernimento. Beauclair adverte: "aos pais cabe a tarefa de usar o bom senso. Fugir dos modismos musicais talvez seja uma boa saída, oferecendo a seu filho cantigas de ninar, músicas folclóricas, música sacra, jazz, música popular brasileira, tudo o que tem qualidade é válido", conclui.

A música está presente em nossas vidas em todos os momentos, em casa, no trabalho, na rua, na igreja, na escola, etc…  Ela também está presente em nossos sentimentos, quando estamos tristes ou alegres, agitados ou calmos e assim por diante…

Se todas as crianças tivessem a oportunidade de ter o contato com a música, seria algo extraordinário. Existem muitos conteúdos e materiais didáticos para que uma criança desenvolva musicalmente, a questão é como aplicá-los de forma eficaz, pois é uma fase crítica, onde etapas não podem ser queimadas.

É importante que a criança tenha contato com a música de diversas formas: brincando de música, ouvindo boas músicas, tendo contato com instrumentos diversos, cantando, etc…


Fontes:
https://www.alobebe.com.br/revista/musica-e-desenvolvimento-infantil.html,96
http://musicaplena.com/a-influencia-da-musica-no-desenvolvimento-da-crianca/ 

domingo, 8 de maio de 2016

Desenvolvimento Cognitivo Infantil



O QUE É DESENVOLVIMENTO COGNITIVO?

O desenvolvimento cognitivo está relacionado ao conjunto de habilidades cerebrais / mentais que são necessárias para a obtenção de conhecimento sobre o mundo.
Segundo o teórico Jean Piaget o desenvolvimento mental dos indivíduos, tanto no ponto de vista cognitivo como afetivo e social, é uma construção contínua.
A medida que as crianças se desenvolvem, da infância até a vida adulta e classifica o desenvolvimento em quatro etapas, são elas: sensorial-motor (0-2), Pré-operações (2-7), operações concretas (7-11) e operações formais (11-15).
Sensorial-motor (0-2) -  A criança está centrada em si mesma. Está etapa dividisse em três fases, são elas:
A primeira fase - Nos dois primeiros meses de vida o bebê começa a conhecer o mundo por meio de reflexo;
A segunda fase - Do terceiro ao sexto mês a criança passar a ver o mundo não apenas como uma realidade a sugar, mas também como uma realidade para se olhar e ouvir;
A terceira fase - Dos setes meses aos dois anos o mundo passa a ser uma realidade a ser manipulada, ou seja, através das manipulações dos objetos as crianças adquirem conhecimentos.
Pré-operações (2-7) - Esse período é marcado pela Inteligência Simbólica e pensamento Intuitivo. Divide-se em duas etapas, são elas:
A primeira etapa – Tem início por volta de dois anos de idade até os quatro anos. É marcada pelo aparecimento da função simbólica, que permite a interiorizar a ação imediata, desenvolvendo o pensamento representativo.
A segunda etapa – Dos quatro anos aos sete anos, é caracterizado pelo pensamento intuitivo, que é uma forma de pensar pré-operatória.
Este período é caracterizado pelas operações mentais, ou seja, uma operação cognitiva é um ato de pensamento, um ato de coordenação das ações mentais.
Operações concretas (7-12) - Este período se dar por volta dos sete aos doze anos, é marcado pelo surgimento das operações concretas. Nesta etapa a criança ainda está presa à realidade concreta e só consegue operar sobre objetos manipuláveis e figurativos.
Operações formais (11-15) - Período formal as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. Então podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada.


FORMAS DE OBTER O CONHECIMENTO COGNITIVO



O ser humano, durante seu crescimento passa por estágios sucessivos de desenvolvimento mental e, em cada estágio, as crianças apresentam estruturas mentais diferentes dos adultos, mesmo agindo da mesma maneira em função das necessidades, interesses e inteligência, como os adultos.
O desenvolvimento cognitivo evolui através de estágios que ocorrem em sequência fixa, as crianças podem passar de um estágio para outro em idades diferentes, porém essa passagem vai depender do grau de experiências vivenciadas pela a criança. Para desenvolver essas habilidades cognitivas elas precisam ser estimuladas envolverem o raciocínio, pensamento, memória, criatividade, atenção, capacidade de resolver situações e etc.

As estruturas cognitivas são construídas ao longo do desenvolvimento que se estabelece através das experiências adquirida na interação com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial.


Outra forma de obtenção deste aprendizado é através da estimulação de desenvolvimento de atividades cognitivas.

Ao observar seus colegas desenvolvendo a atividade, ela começa a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre à percepção, ou seja, passa a imitar seus colegas. É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como base a informação do meio em que vivemos e o que já se faz presente em nossa memória.


Fontes:

Haydt, Regina Célia Cazaux, Curso de didática geral/ Regina Célia Cazaux Haydt - 8.ed. – São Paulo: Ática ,2006
http://www.significados.com.br/cognitivo/
http://www.infoescola.com/educacao/teoria-cognitiva/