A linguagem
musical vem sendo apontada, por um número cada vez maior de especialistas em
todo o mundo, como uma das áreas do conhecimento mais importantes a serem
estudadas no desenvolvimento da criança, isso desde o útero materno. Um
trabalho realizado por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá,
comprovou que os recém-nascidos expostos a uma melodia serena permanecem
tranquilos. Essa comprovação científica vem ao encontro do que pais e mães
fazem rotineiramente quando cantam melodiosas cantigas de ninar para o bebê
dormir.
O
psicopedagogo, arte-educador e mestre em educação João Beauclair afirma que "a música não é só uma questão
de interferência na educação da criança, é uma necessidade, que deve ter espaço
consagrado e rotineiro, por possibilitar a melhoria da sensibilidade,
beneficiar os processos de aquisição da leitura e da escrita e auxiliar na
melhoria da capacidade de memorização e de raciocínio".
A opinião
dele é semelhante à do psiquiatra canadense Thomas Verny, autor do livro
"A vida secreta da criança antes de nascer", que indica a música
clássica como a melhor para ser oferecida aos bebês, porque esse tipo de som
tem batida semelhante ao ritmo cardíaco em repouso, despertando na criança
sensação semelhante à que ela tem quando colocada próximo ao coração materno. O
contrário também é verdade. O som de um rock, por exemplo, tende a deixar a
criança mais agitada.
Mas a
influência da música vai muito além de acalmar ou agitar bebês e crianças. O
potencial da inteligência humana é determinado pelos genes de cada pessoa, no
entanto são necessários estímulos para colocar essa inteligência em prática, e
é justamente aí que entra a música. O estímulo sonoro aumenta as conexões entre
os neurônios e, de acordo com cientistas de todo o mundo, quanto maior a
conexão entre os neurônios, mais brilhante será o ser humano.
Os sons que
estimulam os neurônios dos bebês, mesmo quando ainda estão no útero materno,
são muitos, incluindo as conversas que a gestante mantém com o filho, os cantos
que ela entoa quando acaricia a barriga, além de outros, incluindo a música
propriamente dita. Tudo o que o bebê experimenta desde sua concepção contribui
na construção de seu cérebro.
Mas, como
tudo na vida, o uso da música na educação da criança também deve ser feito com
discernimento. Beauclair adverte: "aos
pais cabe a tarefa de usar o bom senso. Fugir dos modismos musicais talvez seja
uma boa saída, oferecendo a seu filho cantigas de ninar, músicas folclóricas,
música sacra, jazz, música popular brasileira, tudo o que tem qualidade é
válido", conclui.
A música está presente em nossas vidas
em todos os momentos, em casa, no trabalho, na rua, na igreja, na escola, etc…
Ela também está presente em nossos sentimentos, quando estamos tristes ou
alegres, agitados ou calmos e assim por diante…
Se todas as crianças tivessem a
oportunidade de ter o contato com a música, seria algo extraordinário. Existem
muitos conteúdos e materiais didáticos para que uma criança desenvolva
musicalmente, a questão é como aplicá-los de forma eficaz, pois é uma fase
crítica, onde etapas não podem ser queimadas.
É importante que a criança tenha contato com a
música de diversas formas: brincando de música, ouvindo boas músicas, tendo
contato com instrumentos diversos, cantando, etc…
Fontes:
https://www.alobebe.com.br/revista/musica-e-desenvolvimento-infantil.html,96
http://musicaplena.com/a-influencia-da-musica-no-desenvolvimento-da-crianca/
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